Troféu Xica Manicongo homenageia personalidades na Casa de Cultura Laura Alvim
O prêmio de Direitos Humanos, Cultura e Promoção da Cidadania de Travestis e Transexuais acontece no próximo dia 9/3 (terça-feira) às 20h30. Entrada franca.
Muitos devem estar se perguntando o porquê de um nome, no mínimo, tão curioso. O tema foi escolhido pela Associação das Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro (ASTRA-Rio) que quer apresentar a importante e desconhecida figura de Francisco Manicongo, que neste prêmio é chamado pelo seu nome social: Xica Manicongo. Xica foi a primeira travesti não-índia do Brasil, escrava de um sapateiro de Salvador em 1591, símbolo de luta e resistência de uma época em que negar o sexo era tido como heresia e digno de punição.
“Xica foi denunciada à inquisição por recusar-se a usar roupas masculinas e a atender por seu nome de batismo. A história dela é mais um exemplo da presença de travestis e transexuais em toda a história do Brasil e é, sem dúvida, a mais legítima representação de afirmação político-social na luta pelo reconhecimento da identidade além do biológico”, explica a presidente da ASTRA-Rio, Majorie Marchi.
Dentre os homenageados da noite encontra-se o estilista Carlos Tufvesson, que ganhará o troféu na categoria Parceiro-Trans. Também ganharão troféu a UNAIDS, pela campanha “Igual a Você”, na categoria Visibilidade Positiva; Divinas Divas, como Melhor Espetáculo Cultural; Damas em Cena, do Instituto do Ator, como Projeto do Ano; a atriz-trans Fabiana Brazil; A grife Complexo B; entre outros.
Haverá ainda uma homenagem a cultura trans com as cantoras Jane Di Castro e Angela Lecrery e a perfomance da atriz-trans Paula Braga.
O Troféu Xica Manicongo faz parte do mês da Visibilidade Trans e é realizado pela ASTRA-Rio, com o apoio da Superintendência de Direitos Individuais Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
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